sexta-feira, janeiro 28


Depois duma semana frustrante como esta que agora acaba, não admira que as pessoas com quem falo ao telefone digam que a minha voz está estranha... pode parecer, mas não são males do <3... antes fosse!
Bioquímica for the win! NOT! -.-'

quarta-feira, janeiro 19


Exposição a solo da mega deusa Matilde! Vão ver!!! Eu não perco...
(já começou no dia 15, e não tarda nada acaba...corram!)

segunda-feira, janeiro 17

Eu Nunca Guardei Rebanhos


Eu nunca guardei rebanhos,

Mas é como se os guardasse.

Minha alma é como um pastor,

Conhece o vento e o sol

E anda pela mão das Estações

A seguir e a olhar.

Toda a paz da Natureza sem gente

Vem sentar-se a meu lado.

Mas eu fico triste como um pôr de sol

Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada

Como uma borboleta pela janela.



Mas a minha tristeza é sossego

Porque é natural e justa

E é o que deve estar na alma

Quando já pensa que existe

E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.



Como um ruído de chocalhos

Para além da curva da estrada,

Os meus pensamentos são contentes.

Só tenho pena de saber que eles são contentes,

Porque, se o não soubesse,

Em vez de serem contentes e tristes,

Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva

Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos

Ser poeta não é uma ambição minha

É a minha maneira de estar sozinho.



E se desejo às vezes

Por imaginar, ser cordeirinho

(Ou ser o rebanho todo

Para andar espalhado por toda a encosta

A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),



É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,

Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz

E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos

Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,

Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,

Sinto um cajado nas mãos

E vejo um recorte de mim

No cimo dum outeiro,

Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,

Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,

E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz

E quer fingir que compreende.


Saúdo todos os que me lerem,

Tirando-lhes o chapéu largo

Quando me vêem à minha porta

Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.

Saúdo-os e desejo-lhes sol,

E chuva, quando a chuva é precisa,

E que as suas casas tenham

Ao pé duma janela aberta

Uma cadeira predileta

Onde se sentem, lendo os meus versos.

E ao lerem os meus versos pensem

Que sou qualquer cousa natural —

Por exemplo, a árvore antiga

À sombra da qual quando crianças

Se sentavam com um baque, cansados de brincar,

E limpavam o suor da testa quente

Com a manga do bibe riscado.

Alberto Caeiro


quarta-feira, janeiro 12


Quero ir...
Ver...
Conhecer...
Viajar...

Cada viagem de comboio é um mundo de possibilidades, se pensarmos que basta sair na estação errada e a nossa vida pode mudar por completo...

Era giro...
=)

Quando somos obrigados a permanecer muito tempo no mesmo sítio é quando dá mais vontade de fugir...

quinta-feira, janeiro 6

música do momento =)



'See the time we shared it was precious to me, but all the while I was dreamin' of revelry...'

quarta-feira, janeiro 5

*.*

"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a  esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.
(...)
Às vezes é preciso saber partir. Partir para outro mundo, outro local, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir.
Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho..."

Texto retirado de um livro de História Política chamado 'Conspiração'
Ah, afinal não! Afinal é de um livro qualquer da Margarida Rebelo Pinto
-.-
A Inês fez-me gostar de um texto da Miss Lamechas, sinto-me enganada!



segunda-feira, janeiro 3